São Paulo, segunda-feira, 23 de maio de 1994
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Acusado de integrar quadrilha de violadores de túmulo é preso em SP

DO NP

Alcides Rocha Amaro, 35, foi preso na noite de anteontem no cemitério São Paulo, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo), acusado de fazer parte de um grupo de assaltantes de túmulo.
Ele e dois homens conhecidos como Carlinhos e Maurício, são suspeitos de serem os autores de violações de túmulos que vinham ocorrendo há mais de dois meses.
Segundo a polícia, os três buscavam dentes postiços de ouro. Amaro já tinha passagens pela polícia por furto e violação. Ele teria sido preso desarmado, após se entregar.
Segundo os policiais, os outros dois suspeitos –que fugiram– estavam armados com pistolas automáticas e se envolveram em um tiroteio com guardas metropolitanos e agentes da Divisão de Segurança Funerária.
Em apenas uma noite, o grupo violou quatro túmulos da quadra 39 do cemitério. A maioria dos túmulos do cemitério São Paulo é valiosa.
"O dia em que os ladrões descobrirem o valor de um vaso de cobre ou de granito, vamos ter muito trabalho. Aqui tem estatuetas que valem milhões e alguns túmulos que, transformados em dinheiro, comprariam um apartamento", afirmou o guarda metropolitano Carlos Eduardo Carvalho.
Segundo a Divisão de Segurança Funerária, existem gangues de ladrões de túmulo na cidade. De cada dez túmulos de São Paulo, pelo menos oito já foram violados, de acordo com dados da polícia.
O alvo das gangues são os jazigos de famílias ricas e famosas. Segundo a polícia, os violadores agem durante a madrugada, em função do pouco número de guardas que fazem a fiscalização neste horário.

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