São Paulo, segunda-feira, 23 de maio de 1994 |
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Mitchell afirma que pode bater recorde
MÁRIO MOREIRA
Mitchell justificou seu otimismo com o tempo de 10s07 que alcançou no sábado. "Correr tão rápido logo no começo da temporada é um sinal muito bom", afirmou. "Me senti muito solto na prova." Ele disse que tinha certeza de correr abaixo de 10s15, devido aos resultados dos treinos, mas lamentou não ter feito uma boa largada. "Se tivesse largado bem, poderia fazer 10s03 ou até 10s cravados." Mitchell reconheceu que precisa treinar mais o momento da largada. "Mais para o final da temporada, será o meu ponto mais forte", afirmou o americano. O seu compatriota Michael Johnson, ganhador dos 200 m, também ficou satisfeito com seu tempo (20s18). "Estou muito feliz. Se não tivesse corrido a prova dos 100 m, teria conseguido um tempo ainda melhor. Além disso, havia um pouquinho de vento contra", lembrou o americano. Ele disse que pretende agora trabalhar para "estourar" em 95. "No ano que vem, quero voltar ao nível que atingi em 90 e 91, quando fui o primeiro do mundo nos 200 m e nos 400 m, para ganhar o Campeonato Mundial nessas duas provas, o que é inédito." Johnson elogiou a pista do estádio de atletismo do Ibirapuera. "É muito boa. Geralmente as pistas novas são macias demais." As provas femininas dos 100 m e 200 m também foram dominadas por atletas dos EUA. Nos 100 m, Gwen Torrence considerou "muito bom" seu tempo de 11s07, mas disse que, "pelos treinamentos", esperava completar a prova em menos de 11s. "Se não tivesse chegado na véspera, poderia descansar um pouco e fazer um resultado melhor", disse Torrence. Ela afirmou que também foi prejudicada por uma contusão na coxa esquerda. "Por causa dela, não fiz uma boa saída." Durante a entrevista coletiva que concedeu 15 minutos depois da prova, Torrence ficou o tempo todo com um saquinho de gelo sobre o local da contusão. Em alguns momentos, sua fisionomia revelou a dor que sentia. "Na semana passada, fiz os 100 m em 11s11 e não doeu tanto." Aos 28 anos, Gwen Torrence disse que espera ter boas condições físicas por "pelo menos mais sete anos". Dannette Young, vencedora da prova dos 200 m, afirmou que a corrida foi "muito mais fácil" do que esperava. "Estava preparada para enfrentar Gwen Torrence e Marlene Ottey, da Jamaica, que afinal não correram." A atleta disse não ter gostado do seu tempo de 22s65 no Meeting de São Paulo. "Já fiz 22s24 este ano." Para a temporada de 94, Dannette Young pretende melhorar seu recorde pessoal nos 200 m, que é de 22s20. Nos últimos dois anos, ela competiu também em provas de 400 m. "Mas gosto mais dos 200 m e agora vou me concentrar mais neles." Texto Anterior: Niyongabo mostra força africana Próximo Texto: OS RESULTADOS DO MEETING Índice |
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