São Paulo, segunda-feira, 23 de maio de 1994 |
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Presidente não se envolve em campanhas
SILVIA BITTENCOURT
A Carta destaca a importância de o presidente não se envolver em campanhas partidárias, como ocorre numa eleição direta. Neste caso, ele teria a autoridade dada pelo voto direto, mas sua imagem de conciliador e de neutralidade poderia ser prejudicada. Compõem a Assembléia Nacional todos os deputados federais e representantes enviados pelos parlamentos estaduais (número proporcional à bancada de cada partido). Estes não precisam ser deputados. Os partidos podem escolher nomes famosos do meio artístico, esportivo ou intelectual, assim como populares. Mas eles enviam obviamente, simpatizantes que, com certeza, votarão em seus candidatos. A eleição é feita em vários escrutínios. Nos dois primeiros, é exigida a maioria absoluta. No terceiro, basta a maioria simples. A decisão costuma acontecer no segundo turno ou terceiro escrutínio, quando um dos concorrentes retira sua candidatura e seus simpatizantes votam em algum dos candidatos que sobraram. Este ano, 1.324 pessoas elegerão o novo presidente, que deverá suceder Weizsãcker. Apesar da maioria ser da coligação do Partido Democrata Cristão e Partido Social Cristão CDU-CSU (619), esta não tem maioria absoluta. O Partido Social Democrata (SPD) conta com 502 votos enquanto o Partido Democrático Livre (FDP) tem 111. A Aliança tem 90 votos, os Verdes 44 e o Partido Democrático Socialista (PDS), 33. Os demais partidos, entre eles os Republicanos (de extrema-direita) contam com 15 representantes.(SB) Texto Anterior: O que faz o presidente Próximo Texto: Gays têm direito a lua-de-mel Índice |
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