São Paulo, sábado, 28 de maio de 1994
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Emerson é o favorito em Indianápolis

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
ENVIADO ESPECIAL A INDIANAPOLIS

Os Estados Unidos param amanhã para acompanhar o maior evento automobilístico do mundo. As 500 Milhas de Indianápolis, em sua edição de número 78.
Além dos norte-americanos, outros 75 países receberão as imagens pela TV, incluindo o Brasil, que este ano tem quatro representantes na prova.
Emerson Fittipaldi, vencedor da prova em duas oportunidades (1989 e 93), Raul Boesel, e os "rookies" (novatos) Maurício Gugelmin e Marco Greco estão entre os 33 pilotos que largam amanhã.
Mesmo que não admita, Fittipaldi é o favorito. A aposta é da imprensa norte-americana, que ontem deu amplo espaço em seus cadernos de esportes ao brasileiro.
As razões listadas são muitas. Em dez anos de Indy, Emerson já é o segundo piloto em premiações (já faturou US$ 3.744.604), mais do que pilotos como Mario Andretti, que correu em Indianápolis pela primeira vez em 1965.
O brasileiro, também, tem o que é considerado o motor mais potente em Indianápolis. O Mercedes 500I, desenvolvido especialmente para a prova por um consórcio entre a Penske, sua equipe, a Ilmor e a própria fábrica alemã.
O trio se valeu de uma brecha no regulamento. O propulsor pode ter mais potência, caso use um comando de válvulas por varetas (o que poderia ser chamado de um retrocesso, pois atualmente os comandos são hidráulicos).
"Esse regulamento foi feito para que equipes pequenas, com pouco dinheiro, tivessem chance de competir em Indianápolis", afirmou Raul Boesel, um dos poucos que conseguiu superar os Penske-Mercedes.
Boesel larga na primeira fila, entre o pole Al Unser Jr., também da Penske, e Emerson. "Uma coisa que era para ser feita por equipes pequenas, acabou sendo usada por um grupo poderoso", disse.
Para Emerson, o oportunismo é aceitável. "Ninguém até hoje arriscou a fazer isso. Nós estamos correndo o risco. Até agora, o motor se mostrou muito confiável. Mas com certeza, também é o ponto crítico do carro", afirmou.

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