São Paulo, sábado, 28 de maio de 1994 |
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Ed Motta grava `Songbook Edu Lobo' sem truques
JOÃO MÁXIMO
Segundo o próprio Ed sugeriu ao engenheiro de som, com o consentimento dos dois violonistas que o acompanharam (Chiquito Braga e Guinga), a gravação foi feita com padrão técnico o mais simples possível, com um mínimo de artifícios sonoros. "Não sei como serão as demais faixas deste "songbook", mas entendo que a música de Edu pede isso, nada de truques, nada de reverberações, tudo muito próximo do natural", afirmou Ed. A interpretação do cantor para o blues de Edu e Chico mantém-se dentro dos limites de seu estilo: um soul caboclo repleto de acrobacias vocais e graves roucos. Com tudo isso, Ed Motta conseguiu manter-se fiel às intenções do original. "Cresci ouvindo música americana", diz ele. "Só de uns tempos para cá comecei a descobrir a brasileira. Sou forçado a admitir que devo essa descoberta ao Guinga. Adoro o que estou aprendendo sobre a MPB." A faixa gravada por ele dura cinco minutos e 45 segundos. O acompanhamento de violões é intencionalmente marcado, apenas rompido por acordes virtuosísticos que Chiquito e Guinga criaram no estúdio entre uma fase melódica e outra. Ao fim, foram todos para o "playback", decididos a não passar de breves polimentos (ou "limagens", como diz Ed). A opinião unânime é de que o "Songbook Edu Lobo" começou bem. Texto Anterior: Só a fé contrói nova etapa na vida Próximo Texto: Volume de partituras tem 60 músicas Índice |
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