São Paulo, domingo, 29 de maio de 1994
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Nova TR reduz risco

DA REPORTAGEM LOCAL

Na transição para o real, o BC mudou a fórmula da cálculo da TR e matou os CDBs prefixados, tudo para não ter que definir antecipadamente qual será o juro na nova moeda.
Foi uma opção. O BC ganhou tempo para ter mais dados sobre qual será a inflação residual em julho e definir melhor as políticas monetária e cambial (que não são consenso no governo).
A opção agradou o mercado. "Ela acabou com uma série de incertezas", diz Celso Scaramuzza, do Unibanco.
O mês de junho está cheio delas. Os supermercados alegam que existem preços defasados, o que pode acelerar a inflação –mas ninguém sabe medir com certeza a velocidade da aceleração.
Além disso, haverá disparidade entre os índices da Fipe e o do IGP–M, com efeitos na URV.
O caminho pós-fixado, escolhido pelo BC, diminui os riscos. Dia-a-dia, os juros vão refletindo a expectativa instatânea de inflação.
Encerrada a transição, termina a fase pós-fixada. "Vamos voltar ao mundo real do prefixado (o juro embute alguma expectativa de inflação)", afirma Tereza Fernandes, da MBA.

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