São Paulo, domingo, 29 de maio de 1994
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Villares repensa processos produtivos

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DA REDAÇÃO

O nome Villares está diretamente associado a elevadores. Mas não faz só isso. Atualmente, suas atividades estão concentradas, além do transporte vertical (elevadores, escadas rolantes etc.), em siderurgia. "Na área siderúrgica, só fazemos aço especial. É a grande cozinha do aço, não fazemos `fast-food"', afirma Luiz Roberto Junqueira, diretor financeiro e de relações com o mercado do Grupo Villares.
Com quatro siderúrgicas, uma empresa de transporte vertical e dez subsidiárias no exterior, o grupo tem outras preocupações. Está investindo maciçamente em ecologia e passa por um processo de qualidade total em busca de produtividade.
Os funcionários que têm melhor desempenho recebem viagens, jantares etc. "É um estímulo pessoal à produtividade. Ganha a empresa e o funcionário. É bilateral", garante Mario Villares, diretor de assuntos corporativos do grupo.
Com este conjunto de princípios, "os processos produtivos da empresa estão sendo repensados", Werner Viertler, vice-presidente da Aços Villares.
"Desde 1970 até hoje gastamos US$ 45 milhões no Programa Interno de Melhoria do Meio Ambiente. Temos uma previsão de investir mais US$ 15 milhões nos próximos três anos", afirma Mario Villares.
"A siderurgia é uma indústria pesada. Temos que evitar os problemas, estamos atacando os princípios", diz Marco Henrique de Souza, diretor industrial da Villares Indústrias de Base.
O programa de qualidade total é visto pela Villares como um processo. "Qualidade não é uma responsabilidade individual, é uma responsabilidade coletiva. Estes princípios são fundamentais para que a qualidade não tenha início nem fim", afirma Viertler.
Esta opinião também é partilhada por Mario Villares. "O programa de qualidade total é muito mais que querer que ele exista. Ele precisa ser inerente, deve vir de dentro das pessoas."
Fundado em 1918, o Grupo Villares começou com a montagem de elevadores. Só em 1923 veio a primeira fundição. De lá para cá, a Villares chegou a diversificar seus negócios e entrar no ramo de bens de capital, telecomunicações e informática.
Desde 1990, devido à situação econômica do país, o grupo vem passando por um processo de reengenharia. Desativou e vendeu empresas, fez e desfez associações. Decidiu alongar o perfil de sua dívida e definir claramente seus focos de atividade.
"Este ano, o grupo espera voltar aos lucros. Vamos colher os frutos da reengenharia", garante Junqueira.
Com opiniões em comum, os diretores do grupo esperam os bons resultados de seus programas de qualidade total, meio ambiente e da reengenharia. Leia a seguir os principais trechos da entrevista à Folha, na sede do grupo, em São Paulo.

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