São Paulo, domingo, 29 de maio de 1994
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Enfim, um bar pra gente grande

DAVID DREW ZINGG

Após tanto tempo tendo que conviver com invenções de coquetéis feitos com toneladas de sorvete, sucos artificais e apenas meia dose de álcool, agora a coisa mudou. O Francis Bacon é um bar para gente grande. Quando perguntei qual era o drinque mais pedido, não pude acreditar no que ouvi. A resposta? O mais clássico de todos: o dry martini.
A inventividade humana criou incontáveis coquetéis, mas o mais genuíno é o dry martini. Por ele, dá para avaliar um bar. É a quintaessência dos coquetéis. William Grimes, especialista no ramo, diz que o martini é a estrela do norte pela qual se pode navegar no mundo encantado dos coquetéis. Assim como a arte ocidental começou com a Acrópolis, os bons coquetéis começaram com a simples mistura de gim e vermute. Mas eu poderia escrever um livro sobre a complexidade dos coquetéis.
Felizmente, o Francis Bacon lidera a tão esperada renascença paulista. Este é um bar para pessoas como você, um bebedor inteligente. Mas atenção: se você beber muitos desses torpedos prateados, vai acordar amanhã parecendo uma cópia das pinturas de Francis Bacon feita por Ivald Granato.
Francis Bacon. R. Francisco Leitão, 20, Pinheiros, zona oeste. Tel. 881-8390. Segunda a sábado: 17h30/3h. Barman: Marcos. Dry martini: CR$ 8.400 (importado) e CR$ 4.400 (nacional).

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