São Paulo, quinta-feira, 2 de junho de 1994 |
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Lula usa segurança amadora em campanha
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, usou uma segurança eclética e falha em sua caravana em Brasília. O presidente do Sindicato dos Policiais Federais no DF, Marcelino Santos, disse que o PT não fez requerimento de agentes. Lula poderia ter até quatro homens.A segurança pessoal do candidato era composta por três pessoas vindas de São Paulo –um ex-PM e dois ex-integrantes do Exército. Foram contratados mais dez pessoas em Brasília. Esse grupo é composto por ex-policiais militares, a maioria expulsa da corporação por problemas disciplinares. Eles foram contratados pelo presidente da Associação dos Ex-PMs, Marco Lima –candidato a deputado distrital pelo PT. Um homem aparentemente bêbado, o professor Miguel ângelo, 25, se lançou e beijou os pés de Lula, em Planaltina (distante 50 km de Brasília). Lula se abaixou para tentar afastá-lo. Depois, o professor foi retirado pela segurança. Um assessor disse à Folha que, se o homem estivesse com uma arma, poderia ter ferido Lula gravemente. Ângelo foi retirado e levado para uma área isolada. Não ficou detido. Antes, o professor havia tentado subir no carro de som, mas fora impedido por policiais. Pela manhã, essa segurança local chegou a agredir o palhaço "Pirulito". Pirulito, que era tiete de Collor e sempre está presente em eventos na Esplanada dos Ministérios, queria tirar uma foto com Lula. "Pirulito" ficou mais em evidência quando se fez fotografar com o presidente Itamar Franco, na Praça dos Três Poderes. A sequência de charges nos jornais sobre o encontro irritou Itamar. À tarde, o assessor de imprensa de Lula, Ricardo Kotscho, empurrou, aos berros de "chega, chega", três profissionais que fotografavam Lula numa churrascaria. Um fotógrafo machucou a perna. Texto Anterior: Partidos discutem a idéia Próximo Texto: Candidato elogia Juscelino Índice |
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