São Paulo, quarta-feira, 8 de junho de 1994
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Sangue jorra em comédia romântica

FERNANDA SCALZO
DA REPORTAGEM LOCAL

Título: Amor à Queima-Roupa
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Quentin Tarantino
Elenco: Christian Slater, Patricia Arquette, Gary Oldman, Dennis Hopper
Estréia: prevista para dia 24 no Rio

"Amor à Queima-Roupa" (tradução infeliz para "True Romance" –romance de verdade) tem os ingredientes básicos do filme violento: prostituta, cafetão, cocaína, herói e centenas de tiros.
O roteiro é de Quentin Tarantino (diretor do não menos violento "Cães de Aluguel") e a direção do adocicado Tony Scott ("Top Gun"). "Amor à Queima-Roupa" resulta numa comédia romântica com sangue para todo lado.
Patricia Arquete é Alabama, uma garota de programa a serviço do cafetão-rastafari Gary Oldman (quase irreconhecível). Conhece Clarence (Christian Slater), jovem da melhor índole que quer tirá-la da "vida fácil".
Quando Clarence vai buscar as roupas de Alabama no antro do cafetão, acaba, depois de muita briga, levando uma mala cheia de cocaína. A partir daí, começam as perseguições: a polícia atrás dos bandidos atrás dos mocinhos.
Nada novo, mas bem divertido.
Novo é Denis Hopper fazendo papel de bom, como o pai de Clarence. Ele dá um show quando contracena com o bandido Christopher Walken.
Quem assistiu a "Coração Selvagem", de David Lynch, vai notar as semelhanças entre os dois filmes. Mas como, infelizmente, Tony Scott não é David Lynch, Clarence e Alabama são personagens bem mais fracos e estereotipados que Sailor e Lula.

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