São Paulo, quinta-feira, 9 de junho de 1994 |
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Quatro países escolhem hoje seus deputados no Parlamento Europeu
SÉRGIO MALBERGIER
O Parlamento Europeu, sediado em Estrasburgo (França), é uma das quatro principais instituições da UE, junto com a Comissão Européia, o Conselho de Ministros e a Corte de Justiça Européia. Único órgão da UE eleito diretamente, ele teve seu poder ampliado após o acordo de Maastricht (1992) e poderá emendar ou vetar legislação proposta pelos demais. O número de deputados vai subir de 518 para 567, principalmente por causa da unificação alemã Para obter maioria absoluta, portanto, qualquer tendência política precisará eleger 284 deputados. Projeções baseadas em pesquisas de intenção de voto indicam que os socialistas, hoje com 198 deputados, deverão continuar a ser a maior tendência, com 227. Em segundo lugar viriam os democratas-cristãos, com 171, com os liberais em terceiro (53) e os comunistas em quarto (25). A Alemanha será o país com mais eurodeputados, 99. Reino Unido, França e Itália terão 87. Luxemburgo, o país com menor número de representantes, terá 6. No Reino Unido, pesquisa publicada ontem indica que a oposição trabalhista deve eleger mais de 50 deputados, enquanto os conservadores devem ficar com cerca de 20 (contra a bancada atual de 32). A pesquisa foi até bem vista pelo governo do premiê John Major, que previa um desempenho pior. Alguns membros do Partido Conservador chegaram a dizer que, se o partido elegesse menos de 10 deputados, a situação de Major seria "insustentável". O premiê conduziu a campanha se concentrando em assuntos europeus (defendendo o direito britânico de se opor a medidas federalistas na UE); a oposição quer que o pleito sirva como um referendo para o impopular governo Major. "O dia das eleições será um referendo sobre incompetência e quebra de promessas (dos conservadores)", disse a líder trabalhista Margaret Beckett. Devido ao tradicional baixo índice de comparecimento às urnas nas eleições européias no Reino Unido (cerca de 40%, em média), o resultado do pleito de hoje pode apresentar um quadro distorcido do apoio dos eleitores aos partidos. Os resultados só deverão ser divulgados entre domingo e segunda-feira, junto com os dos países que irão às urnas no domingo. A eleição de domingo vai coincidir com um plebiscito na Áustria sobre a entrada do país na UE em 1995. O resultado dessa votação deverá influenciar plebiscitos semelhantes a realizar-se na Dinamarca, Suécia e Noruega.(SM) *Com agências internacionais Texto Anterior: Mandela recebe prêmio pela paz; Rifkin é condenado por assassinato; Jordânia reforma o seu gabinete; Calor mata 371 pessoas na Índia; Recontras tomam aldeia como refém; Casais homossexuais terão status legal Próximo Texto: Grupo é contra homenagem Índice |
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