São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 1994 |
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Irritado, técnico diz temer contra-ataques
MÁRIO MAGALHÃES
"Sofremos dois gols de Honduras em contra-ataques, o que seria mortal no Mundial, quando é quase impossível fazer muitos gols". Ontem foi o dia em que Parreira se mostrou mais irritado nos Estados Unidos. "Tudo o que digo é que não podemos levar mais gols assim. Recuso-me a fazer análises individuais e de setores do time. Não vou além disso, ponto." Depois da partida contra Honduras, anteontem, o técnico também se irritou. Transtornado, foi embora: "Chega, não falo mais." Contra-ataque é quando um time ataca rapidamente, surpreendendo o adversário. Parreira acha que todas as seleções vão jogar defensivamente contra o Brasil no Mundial, procurando marcar em contra-ataques. O único momento em que ele aparentou mais tranquilidade foi quando respondeu à pergunta: "Na sua filosofia de futebol, é melhor vencer por 3 a 0 ou 5 a 2?" "É uma boa pergunta", respondeu. "Para mim, é melhor ganhar por 4 a 0 do que por 8 a 2." Parreira fingiu não entender uma pergunta repetida cinco vezes: "No domingo a seleção brasileira vai bater em outro bêbado?" A expressão, no jargão futebolístico, significa vencer com grande facilidade adversários excessivamente fracos. "Não entendo", insistiu o treinador. Dunga Parreira disse que o meia defensivo Dunga é um dos jogadores mais completos da seleção. "Mesmo sem ser um estilista, defende bem, sabe passar, chutar, está longe de ser o jogador limitado que muitos o consideram." Em 90, o jogador foi o símbolo da seleção que fracassou na Copa do Mundo, numa fase conhecida como "Era Dunga". (MM) Texto Anterior: Suécia evoluiu em relação à Copa de 90, com estilo sul-americano Próximo Texto: Seleção ataca mais pela direita Índice |
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