São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 1994 |
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OLP prepara mudança para Jericó
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O presidente da OLP, Iasser Arafat, determinou a desocupação dos escritórios da organização em Túnis até 15 de junho.Integrantes da direção da Organização para a Libertação da Palestina informaram que as medidas visam acelerar a mudança para a área autônoma de Jericó. Circular determinando a mudança foi distribuída no início da semana para 600 funcionários da organização. Cópia da circular obtida pela }Associated Press não menciona uma data para a saída de Túnis nem sequer quantos funcionários da OLP irão para Jericó. Segundo funcionários palestinos, Arafat se mudará para Jericó no meio deste mês. Já foram divulgadas diversas datas para a chegada do líder da OLP. Apenas o Departamento Político da OLP ficará em Túnis como elo de ligação entre a administração dos territórios autônomos e a comunidade internacional. Oficialmente, o dirigente palestino vem adiando sua mudança porque países ocidentais que prometeram doar US$ 2 bilhões em ajuda não entregaram o dinheiro. Ontem, Arafat disse no Marrocos que a Autoridade Nacional Palestina precisa de pelo menos US$ 120 milhões até o final do ano. Além disso, seriam necessários mais US$ 30 milhões por mês para despesas com polícia, servidores, escolas e hospitais. As tropas israelenses de ocupação se retiraram de Jericó e da faixa de Gaza em maio, após 27 anos de ocupação. Cerca de 500 funcionários da OLP saíram de Túnis desde que Arafat e o premiê de Israel, Yitzhak Rabin, assinaram o acordo de autonomia em 3 de maio. Rabin disse que determinou ao procurador-geral que prepare projeto de lei proibindo as atividades políticas palestinas em Jerusalém. A lei também proibirá que os palestinos que participam da administração dos territórios ocupados morem em Jerusalém. O status da cidade é um dos obstáculos do acordo de paz. Israel considera Jerusalém como sua capital indivisível e os palestinos reivindicam a parte oriental da cidade como capital de um futuro Estado. Israel soltou ontem cerca de 160 prisioneiros palestinos. Já foi solta a metade dos 5.000 presos beneficiados pelo acordo Israel-OLP. Ontem, o deputado israelense Raana Cohen disse que o chanceler Shimon Peres se encontrou com o rei Hussein (Jordânia) semana passada em Londres. O escritório de Peres negou o encontro. Em Jerusalém, um palestino esfaqueou um soldado israelense na Universidade Hebraica. Próximo Texto: Líbano critica Nações Unidas Índice |
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