São Paulo, sábado, 11 de junho de 1994 |
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Almirante Fortuna critica regime militar e propõe reforma do Estado
EDNA DANTAS
Para Fortuna, o regime militar deveria ter durado três anos."Os militares não souberam se retirar no momento certo", afirma. Em 64, Fortuna estava em Natal (RN) quando João Goulart foi deposto e apoiou a tomada do poder pelos militares. "Era inevitável." Como candidato à Presidência, Fortuna pretende fazer, caso seja eleito, uma reforma do Estado, que englobaria outras quatro reformas: patrimonial, tributária, administrativa e previdenciária. Para tentar convencer o eleitor, o candidato do PSC terá diariamente quatro minutos no horário eleitoral gratuito. O principal argumento que vai usar será o de que conhece o Brasil. "Eu venho fazendo a caravana do Lula (Luiz Inácio Lula da Silva, do PT), há 40 anos", afirma. O almirante ingressou na Marinha em 1949, quando passou no concurso para a Escola Naval, no Rio de Janeiro. O candidato do PSC foi para a reserva da Marinha o ano passado, após passar pelo comando da ESG (Escola Superior de Guerra). Na ESG foi o responsável pela reformulação da doutrina transmitida na escola –oficialmente intitulada "Manual Básico da ESG". A instituição trocou a doutrina da segurança nacional pelo da construção da cidadania. Fortuna foi indicado ao presidente Itamar Franco para ministro da Marinha. É tradição da Marinha que seja enviada uma lista com os nomes dos três almirantes com mais tempo na força. Suas diferenças com o ministro Mário César Flores (da Secretaria de Assuntos Estratégicos) o deixaram de fora da disputa. Foi nomeado Ivan da Silveira Serpa. Texto Anterior: 'Collor modernizou o país' Próximo Texto: 'Eu vejo um quadro sombrio' Índice |
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