São Paulo, domingo, 12 de junho de 1994 |
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Partidos temem que decisão da Receita espante doadores Fim da dedução do IR será contestado pelo PSDB ANDREW GREENLEES
O PSDB pretende solicitar ao Ministério da Fazenda a revisão da medida. "Essa decisão frustra o objetivo da lei eleitoral de aprimorar e tornar mais transparente o financiamento de campanhas", diz o advogado Miguel Reale Jr., vice-presidente do PSDB em São Paulo. "A perda de doações poderá ser substancial", acrescenta o dirigente tucano. Nildo Masini, empresário e coordenador financeiro da campanha presidencial de Orestes Quércia (PMDB), diz que a proibição de deduzir doações do Imposto de Renda será um "fator complicador", mas ele não se arrisca a prever quanto isso poderá significar em perda de recursos. Masini lembra ainda que a dedução foi permitida na campanha do plebiscito sobre sistema de governo, ano passado. A cúpula da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) também considerou negativa a orientação da Receita Federal. Na entidade empresarial, há previsão de diminuição do número de pessoas e empresas dispostas a contribuir com campanhas. Já o empresário Oded Grajew, membro da coordenação da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência, não critica a decisão. "O Estado não deve arcar com esses gastos", afirma Grajew, referindo-se às campanhas. Ele sustenta que o PT não perderá doações como resultado da proibição de deduzi-las do IR, já que os colaboradores seriam movidos por questões "ideológicas" e não pela preocupação com o imposto. Texto Anterior: Esquema criou até falsa agência Próximo Texto: Oito grupos dominam as TVs no Brasil Índice |
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