São Paulo, domingo, 12 de junho de 1994 |
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Frio abre temporada de paquera nas ruas de Campos do Jordão
PSP
Antes de ir às casas noturnas, teens lotam as ruas do bairro de Capivari em uma espécie de footing que se espalha pelos bares e lojas (abertas até 0h). "O que é bom aqui é que parece que todo mundo vem predisposto à paquera", diz o estudante de 2º grau Luciano Almeida Prado, 16, de São Paulo. "Além disso, fica todo mundo junto, andando no mesmo lugar." Quem é da cidade também acaba aproveitando o clima. "As garotas daqui têm que ir para casa às 21h. As que vêm de São Paulo não", diz o skatista e estudante de 2º grau Clessius Joby, 17. Ninguém espere, porém, ficar livre de um fora. A estudante Sandra Fiorentini, 16, diz que muitas vezes não consegue levar a sério as cantadas. "O pessoal fica mais volúvel aqui e tem gente sem nada na cabeça". Para Sandra, o frio é um dos componentes do romantismo da cidade. "É mais gostoso ficar com uma pessoa do lado, em bares com lareira, por exemplo." A comerciante Val Peixoto, 31, e seu namorado, o dentista João Paulo Toledo, 26, acham a mesma coisa. "É muito romântico comer um foundue à luz de vela", diz ela. "Com o frio, a gente sente mais vontade de ficar apertadinho", diz ele. Só que para quem não tem casa, o frio acaba jogando contra. "Motel em Campos do Jordão é acostamento na estrada", diz Luciano Almeida Prado. Texto Anterior: Outdoor vira presente em Rio Preto Índice |
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