São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 1994
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Seguradoras evitam apólices de terremoto

FERNANDO CANZIAN
DE NOVA YORK

Várias seguradoras da Califórnia estão se recusando a fazer apólices de seguros para danos causados por terremotos. Outras estão aumentando o prêmio (importância paga pelo segurado) para efetuar esses seguros.
Segundo a Independent Insurance Agents and Brokers of California, que réune as corretoras locais, casas contruídas antes de 1960 estão sendo recusadas para fins de seguro e novos padrões estão sendo exigidos em todas as apólices.
O valor das indenizações pagas aos segurados depois do terremoto que atingiu a região em janeiro passado está se revelando quatro vezes maior do que o esperado.
O terremoto de 6,6 pontos na escala Richter que atingiu a Califórnia no início do ano causou prejuízos estimados em US$ 30 bilhões, matou mais de 50 pessoas e deixou mais de 4.000 feridos.
As seguradoras do Estado acreditaram inicialmente que as indenizações causadas por um grande terremoto poderiam chegar a US$ 2 bilhões.
Os tremores de janeiro provaram que os estragos exigiram indenizações três vezes maiores que as estimativas iniciais.
No mês passado, novas indenizações foram exigidas quando as fundações de casas e edifícios inteiros começaram a apresentar problemas que não haviam sido constatados inicialmente.
Entre as maiores companhias, a State Farm Insurance está projetando perdas de mais de US$ 1,3 bilhão, comparados com os US$ 600 milhões que julgava ter perdido inicialmente. Muitas empresas gastaram mais da metade de todas as suas reservas para cobrir as indenizações. (FC)

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