São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 1994
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Americanos dão show na grama de Stanford

MAURICIO STYCER
ENVIADO ESPECIAL A PALO ALTO

A formatura de 4.187 alunos de Stanford levou cerca de 35 mil pessoas ao estádio da universidade, em Palo Alto, ontem de manhã.
É neste local que o Brasil faz a sua estréia na Copa, na próxima segunda-feira, contra a Rússia.
A cerimônia, inicialmente solene, acabou em festa, com os formandos cantando e dançando rock e rap no gramado, enquanto seus pais aplaudiam das arquibancadas.
Um gigantesco palco, armado no centro do campo para abrigar o reitor, o paraninfo, os diretores de Stanford e a banda de música, começou a ser desmontado às 11h45 (15h45 de Brasília).
A desmontagem do palco deveria acabar, segundo a equipe responsável pela operação, até as 21h de ontem (1h de hoje em Brasília).
Só hoje será possível avaliar se a festa causou danos de difícil reparo no gramado.
Preocupado com essa possibilidade, o Comitê Organizador da Copa chegou a sondar Stanford sobre a viabilidade de transferir a festa para outro local.
A universidade havia informado originalmente que apenas 3.000 alunos se formariam ontem.
Ao discursar no início da cerimônia, o reitor de Stanford, Gerhard Casper, anunciou que estavam concluindo o curso 1.112 alunos de graduação, 2.251 mestrandos e 824 doutorandos.
Mas não mais de 1.500, na avaliação de um dos organizadores, estavam presentes. Os alunos, depois de darem uma volta olímpica triunfal ao redor do estádio, foram sentados em cadeiras de plástico no centro do gramado.
Bem-humorado, o reitor Casper fez uma piada sobre a beca (capa preta e chapéu preto quadrado) dos formandos: "Vocês vão descobrir hoje como é difícil abraçar alguém usando esse chapéu".
Entre os formandos, o estudante norte-americano Alan Peterson passou a festa enrolado numa bandeira do Brasil (leia texto abaixo).
Dezenas de alunos não aguentaram o calor, tiraram a capa preta e assistiram ao final da cerimônia apenas de camiseta. A festa ocorreu entre 9h e 12h. Os jogos do Brasil serão às 13h.
Num momento de descontração, os formandos chegaram a improvisar uma "ola" dentro do gramado.
Quando foi anunciada a formatura dos alunos de medicina, um dos formandos jogou uma bola de futebol de plástico para o alto.
A bola ficou voando, passando de mão em mão, até que apareceu uma segunda bola e, depois, uma terceira. Antes que a formatura acabasse em futebol (americano), o reitor Casper encerrou a festa.

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