São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 1994
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Ataque titular demonstra mais eficiência

DA REDAÇÃO

Os atacantes titulares da seleção brasileira, Bebeto e Romário, mostraram ontem, na goleada de 4 a 0 sobre El Salvador, mais eficiência do que seus reservas, Muller e Viola, que entraram durante o jogo.
A conclusão é possível a partir da análise dos números do Datafolha sobre a partida.
Nos 38 minutos em que esteve em campo, Romário concluiu duas vezes a gol. Numa delas, abriu o placar para o Brasil.
Seu substituto, Muller, não concluiu a gol uma única vez nos 52 minutos em que ficou em campo.
Romário mostrou melhor aproveitamento também nos passes: 86% (13 certos num total de 15) contra 74% de Muller (23 certos em 31).
Bebeto, que atuou durante 64 minutos, finalizou cinco vezes a gol (três certas e duas erradas), marcando uma vez, de pênalti. Em 26 minutos, Viola chutou duas vezes (uma certa e uma errada).
Enquanto Romário esteve em campo, o ataque brasileiro atuou com mais velocidade. Assim como Bebeto, ele recuava até a intermediária salvadorenha. Partindo com a bola dominada, os dois criaram boas oportunidades.
Quando entrou, Muller pouco apareceu. Viola tentou criar algumas jogadas, com pouco êxito.
O primeiro gol do Brasil, aos 9min, surgiu de um lançamento de Bebeto para Romário. Ele ganhou na corrida dos zagueiros e chutou no alto, sem defesa para Melendez.
Aos 15min, Jorginho entrou na área driblando e foi derrubado. Bebeto bateu e fez o segundo.
Mazinho, escalado desde o início no lugar de Raí –teoricamente com a missão de municiar os atacantes– pouco produziu nesta fase.
Mas o Brasil apresentou diversas jogadas pelas laterais, embora Leonardo sempre cruzasse a bola na cabeça dos zagueiros salvadorenhos.
No segundo tempo, com a entrada de Raí no lugar de Mauro Silva, Mazinho jogou partindo de trás e seu futebol cresceu muito. Como num lance em que tabelou com Dunga e chutou na trave esquerda de Melendez.
Mazinho apresentou um índice de acerto nos passes de 89% (60 certos em 67). Além disso, realizou 16 desarmes, dos quais 12 completos. Só Dunga desarmou mais: 33 vezes.
Raí, que jogou 45 minutos, também acertou 89% de seus passes (35 em 39). Ele finalizou duas vezes, marcando um gol.
O terceiro gol brasileiro surgiu aos 5min do segundo tempo: Raí recebeu de Jorginho na ponta direita e cruzou para Zinho, na entrada da área. O meia palmeirense acertou um belo chute de voleio, no ângulo direito de Melendez.
Aos 17min, foi a vez de Raí, de cabeça, marcar o quarto gol, ao receber um cruzamento de Bebeto da ponta esquerda.
Na lateral esquerda, a substituição de Leonardo por Branco, no intervalo, não surtiu efeito. Pouco acionado, Branco chegou a reclamar de Zinho na terceira vez em que executou uma ultrapassagem e não recebeu a bola.
Defensivamente, sua atuação foi semelhante à de Leonardo: ambos realizaram 12 desarmes.
O zagueiro Márcio Santos, que substituiu Ricardo Gomes, executou dez desarmes nos seus 57 minutos em campo. Ricardo Gomes fez cinco desarmes em 33 minutos.

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