São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 1994
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Apenas três técnicos não foram jogadores

ANDRÉ FONTENELLE
DA REPORTAGEM LOCAL

A maioria esmagadora dos treinadores deste Mundial teve experiência anterior como jogador de futebol em clubes profissionais.
As exceções são apenas três: o técnico da Nigéria, Clemens Westerhof, o da Grécia, Alketas Panagoulias, e o brasileiro Carlos Alberto Parreira.
Westerhof jogou futebol na seleção do exército holandês e depois se tornou técnico. Parreira, formado em Educação Física, tornou-se preparador físico da seleção campeã do mundo em 70.
Entre os treinadores que jogaram futebol na juventude, há os que tiveram grande sucesso e os que fracassaram completamente.
Os casos mais bem-sucedidos são o do alemão Berti Vogts e o do inglês Jack Charlton. Vogts foi campeão mundial em 74, jogando pela Alemanha, e Charlton, em 66, defendendo a Inglaterra.
Caso um deles conquiste a Copa do Mundo, será o terceiro a ganhar o Mundial tanto como jogador quanto como treinador.
Os dois anteriores foram o brasileiro Zagalo (campeão como jogador em 58 e 62 e como técnico em 70) e o alemão Franz Beckenbauer (como jogador em 74 e como técnico em 90).
O caso de Charlton seria inédito: ele treina a Irlanda e ganharia suas duas Copas por dois países diferentes.
Outros ex-jogadores de sucesso são Paul Van Himst, técnico da Bélgica, Henri Michel (francês), de Camarões, Dimitar Penev, da Bulgária, e Anghel Iordanescu, da Romênia: jogaram durante muito tempo nas seleções de seus países.
Entre os que não tiveram sucesso na carreira como jogador, estão Arrigo Sacchi, da Itália, e Javier Clemente, da Espanha.
Outros foram jogadores medíocres, como Dick Advocaat, da Holanda, e Pavel Sadyrin, da Rússia.
A média de idade dos 24 técnicos é de 48,7 anos. O mais jovem é Xavier Azkargorta, da Bolívia, 40. O mais velho é Alketas Panagoulias, 60.
Os mais experientes em Copas do Mundo são Bora Milutinovic, dos EUA, e Parreira. Os dois estabelecem um recorde nesta Copa, sendo os primeiros técnicos da história a dirigir três seleções diferentes em três Mundiais.
No caso de Parreira, as anteriores foram Kuait (82) e Emirados Árabes (90). No de Milutinovic, México (86) e Costa Rica (90). (AFt)

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