São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 1994 |
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Receita infalível para o Parreira ser campeão
WASHINGTON OLIVETTO
O negócio é simples: terminado o mundial dos EUA, passados todos os problemas, críticas e decepções comuns a esse tipo de evento, você vai para a Espanha, mais precisamente vai treinar o Valência. Pois bem: chegando no Valência, você exige a contratação do Taffarel, Jorginho, Aldair, Ricardo Rocha, Leonardo, Cafu, Mazinho, Raí, Bebeto, Romário e Ronaldo. Trata-se de um timaço. Taffarel é um bom goleiro e, possivelmente, um dos mais treinados do mundo, já que enfrenta todos os domingos feras como o Baggio e o Denis Bercamp no campeonato italiano. Jorginho e Leonardo são ótimos laterais. Defendem, atacam e ainda por cima jogam no meio de campo nas suas equipes de origem, o que te dá uma excelente opção tática. Aldair e Ricardo Rocha formam uma segura dupla de zaga. Cafu e Mazinho constituem um meio-de-campo bom de pulmão, dinâmico e criativo, além de poderem a qualquer momento inverter com Jorginho e Leonardo, assumindo as laterais. Claro que com um meio de campo desses, o Raí volta a jogar; Romário e Bebeto dispensam comentários; e o Ronaldo está na hora exata para se consagrar. Resultado: com esse time, você ganha pro Valência o campeonato espanhol, o campeonato europeu e o mundial interclubes. Acaba sendo convidado para ser o técnico da seleção espanhola na Copa de 98. Aí você pede pra essa rapaziada toda se naturalizar, convoca todos, e pela primeira vez, você e a Espanha vão ser campeões mundiais de futebol. Não é a glória? PS: Parreira. Eu sei que você já foi campeão mundial em 70, mas não foi como técnico. Texto Anterior: Grupo E não promete muitos gols Próximo Texto: Evento será visto por torcida de 189 países Índice |
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