São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 1994 |
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Romênia teme cansaço provocado por viagens
ANDRÉ FONTENELLE
A tabela da primeira fase prevê uma viagem Los Angeles–Detroit–Los Angeles para a seleção romena, em um espaço de oito dias, na primeira fase. Vencer a Colômbia na estréia é fundamental para o técnico Anghel Iordanescu. "Se perdermos, estaremos praticamente fora." Outro motivo de preocupação é a partida contra a Suíça, que será disputada em estádio coberto, o Silverdome, de Detroit. "A atmosfera diferente de um campo coberto pode ser insuportável para um time que nunca jogou em um estádio assim", teme o presidente da federação romena, Mircea Sandu. O time romeno, no entanto, pode superar essas dificuldades. É talentoso e experiente. Muitos atuam em outros países europeus. O capitão é o meia do Brescia (Itália) Gheorghe Hagi, veterano da Copa de 90. Hagi é especialista nos lançamentos longos e nas cobranças de falta. No ataque, o nome de peso é Florin Raducioiu, do Milan (Itália). Hagi e Raducioiu agradam ao treinador pelo estilo de jogo. Iordanescu foi, como eles, um jogador ofensivo. "São meus melhores jogadores. Amam o gol como eu amava. O futuro pertence a eles", diz. O técnico se deu ao luxo de cortar da seleção duas estrelas do futebol romeno, o meia Ion Timofte, do Porto (Portugal), e o atacante Marius Lacatus, do Steaua Bucareste. "Eles estão fora de forma", limitou-se a argumentar. Iordanescu é um obcecado pelo detalhe. "Até o sabor do leite que os jogadores adversários mamaram na infância me interessa", afirma, em tom de brincadeira. Ele mudou o estilo do futebol romeno, geralmente feio e defensivo. (AFt) Texto Anterior: Suíça volta à Copa após jejum de 28 anos Próximo Texto: EUA querem apenas chegar até a segunda fase da Copa Índice |
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