São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 1994
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PM mata universitário acusado de assalto

DA REPORTAGEM LOCAL

O estudante de direito Luciano da Silva Suman, 25, foi morto pela Polícia Militar anteontem à noite no edifício Itália, na avenida Ipiranga (centro de São Paulo).
Ele era acusado de invadir o prédio –com outros dois homens– para assaltar um escritório de advocacia no 17º andar.
Suman estudava na Universidade de Mogi das Cruzes e não tinha antecedentes criminais.
Os três assaltantes atacaram com uma coronhada a advogada Ana Luiza de Azevedo, 33, quando ela se preparava para fechar seu escritório.
O grupo foi direto a um cofre escondido na sala. Para a polícia, isso é um indício de que os assaltantes conheciam o local.
A portaria do prédio havia sido avisada do assalto e chamou a polícia. O edifício foi cercado e alguns policiais subiram as escadas.
Segundo a polícia, o tiroteio começou no 1º andar. Suman morreu baleado. Os outros dois acusados conseguiram fugir.
Ao lado do corpo do estudante, a polícia encontrou um revólver 38 com quatro tiros disparados e uma pasta com ferramentas que, de acordo com a polícia, podem ser usadas para arrombar portas.
O estudante morto pela PM tinha porte de arma e era proprietário do revólver apreendido no local do assalto.
Dois outros homens foram detidos como suspeitos e liberados em seguida. Um deles, o comerciante Darci Nobre de Araújo, 37, disse que também foi atacado pelos assaltantes.
O caso foi registrado ontem de madrugada 3º DP de São Paulo.
À tarde, os policiais ouviram o depoimento do pai de Luciano Suman. Ele reconheceu que as ferramentas encontradas na mala apreendida eram de seu filho.

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