São Paulo, sexta-feira, 17 de junho de 1994 |
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MÁRCIA DE CHIARA
Dois dias depois, mais dois estabelecimentos da rede aderiram à URV: o Sé da avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, zona sul, e o de Indaiatuba (SP). "Até 30 de junho, pretendemos estar com preços em URV em nossas 15 lojas", afirma David Araújo Neto, gerente comercial do Sé. O Sé resolveu antecipar o uso da URV para que o consumidor se acostume com a nova moeda. Para facilitar a assimilação do novo sistema, o cliente encontra nas prateleiras um cartaz com o valor em cruzeiros reais da URV do dia e uma lista dos valores fracionados da URV. Exemplo: ontem, 0,01 URV valia CR$ 22,76. Na opinião de Araujo Neto, a aceitação foi boa e o movimento não recuou. Essa não foi avaliação da maioria dos clientes. Quatro de cinco consumidores do Sé da Praça Panamericana reprovaram o novo sistema. "Estou comprando no escuro", afirmou a dona-de-casa Leonilda Tavares. Ela disse que não sabia o valor da URV e que sentiu dificuldade em calcular o valor da compra. Estimava gastar CR$ 40 mil mas sua despesa saiu por CR$ 68,785 mil. Na tarde de ontem cerca de 300 supermercadistas se reuniram na sede da Apas para discutir a antecipação do uso da URV. A maioria não tem condições de seguir o exemplo do Sé, que é automatizado e pode emitir o cupom em cruzeiros reais mesmo com preços em URV nas prateleiras. Eles aguardam autorização do Ministério da Fazenda para adotar a URV. Segundo a Apas, a portaria que permite os preços em URV a partir do dia 20 já está pronta e aguardando a assinatura do ministro da Fazenda, Rubens Ricupero. Texto Anterior: Feijão sobe 53,8% em 3 dias Próximo Texto: Supemercados continuam reajuste em URV Índice |
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