São Paulo, sábado, 18 de junho de 1994 |
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Estudante acusa amigo de matar publicitário
MARCELO GODOY
Bartolotti depôs anteontem à noite no 15º DP (Itaim Bibi). Cortez está foragido. Ele teve a decretação de sua prisão provisória pedida ontem pela polícia. O crime aconteceu na madrugada de anteontem na lanchonete New Dog, no Itaim Bibi (zona oeste de São Paulo). Segundo o delegado Naief Saad Neto, 40, responsável pelas investigações, confirmou estar dirigindo o Vectra no qual Cortez fugiu após o crime. Bartolotti foi indiciado no inquérito sob acusação de favorecimento pessoal, porque teria dado fuga a um criminoso. Em seguida, foi solto. "Não há prova de que ele tenha participado do crime", disse o delegado. Segundo o delegado, Bartolotti disse que mais dois rapazes, Sérgio Fischer, 18, e D., 17, também estavam no Vectra. Fischer teria jogado um papel em três meninas que estavam na lanchonete. As mulheres teriam reclamado. Por isso, ele teria jogado mostarda na meninas, sujando a blusa de uma delas. Elas só se vingaram após Bartolotti tirar seu Vectra do estacionamento da lanchonete e pará-lo em frente a New Dog. Uma delas pegou um tubo de mostarda e derramou-o no carro de Bartolotti. Os rapazes tentaram pegar outro tubo de mostarda para jogá-lo na Parati das meninas. Mas um funcionário da New Dog os impediu. "Eles decidiram forçar as meninas a lavar o carro", afirmou Saad Neto. Foi nesse instante que o publicitário interveio na briga, pedindo que os rapazes deixassem as meninas irem embora. Bartolotti retirou o Vectra e as mulheres saíram. Cortez teria provocado o publicitário e dado três tiros para o alto. O quarto disparo acertou o coração de Valério. O estudante ainda teria atirado na perna do publicitário Pedro Barbastefano Junior, 31, que acompanhava Valério. "Após os tiros, meus amigos correram para meu carro. O Neno (Cortez) disse que atirou porque ficou com medo de o publicitário desarmá-lo", disse Bartolotti. Texto Anterior: Motos levam multa no Centro Próximo Texto: Mulher pede discussão Índice |
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