São Paulo, sábado, 18 de junho de 1994
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Crescem os depósitos em cadernetas de poupança

DA REPORTAGEM LOCAL

Os depósitos superaram os saques nas cadernetas de poupança em CR$ 837,696 bilhões (US$ 395,3 milhões) até o último dia 10. Este valor corresponde ao patrimônio da Caixa Econômica Federal em 1992.
A informação foi divulgada ontem pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Segundo a Abecip, o crescimento na captação líquida (depósitos menos saques) foi de 1,89% no período.
O saldo das cadernetas, também até o dia 10, é de CR$ 53,5 trilhões (US$ 25,247 bilhões).
O presidente da Abecip, João Batista Gatti, diz que a caderneta é a vedete do mercado financeiro na transição para o real "por falta de adversário".
Ele apontou três fatores para o bom desempenho: 1) manutenção da TR (Taxa Referencial) em níveis competitivos; 2) inexistência de negócios com CDBs prefixados; 3) isenção de Imposto de Renda e de IOF nas aplicações em poupança. "O CDB em TR, que paga imposto, para ficar competitivo terá que oferecer um juro de 17% a 18% ao ano."
Gatti comentou o fato de que algumas instituições estão limitando os depósitos em caderneta. "É um teto para que o gerente seja consultado. Nenhuma instituição vai negar o depósito de um cliente tradicional. Agora, o depósito de um mero especulador pode ser negado."
Para o presidente da Abecip, a captação líquida deve fechar o mês de junho "entre 3% e 5%". Nos últimos dez anos, a média histórica tem sido de um crescimento mensal da ordem de 1%.

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