São Paulo, domingo, 19 de junho de 1994 |
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Festival de Gregoriano reúne 400 cantores
MARCELO MUSA CAVALLARI
No festival, que ocorre a cada três anos, apresentaram-se desde importantes grupos de pesquisa –como os corais do Instituto Ward, da Holanda, e a Nova Schola Gregoriana, de Verona (Itália)– até grupos ligados a paróquias e catedrais, como os corais de Seul e Pusam, na Coréia, e o de Vilnius, na Lituânia. Os 23 corais que se apresentaram se dividiram em dois grupos básicos. De um lado, os corais que se filiam à tradição de Solesmes e monástica em geral. A questão reside na leitura das formas de notação musical usadas entre o século 9º e 11. Foram essas notações que permitiram que os monges de Solesmes preparassem, no início do século, a edição do repertório gregoriano. O estudo dessas notações, chamadas de semiologia gregoriana, continuou com dom Eugéne Cardine, monge de Solesmes morto em 88. Ele conseguiu "decifrar" boa parte do que ainda era incompreensível nos manuscritos mais antigos. A forma de interpretar o que Cardine descobriu, no entanto, dá margem à polêmica. A interpretação e a complexidade do gregoriano podem ser aprendidos em São Paulo. Eleanor Florence Dewey, irmã Maria do Redentor, rege o coral São Pio 10º, que também participou do festival. Ex-aluna de dom Cardine, irmã Maria do Redentor levou seu coral para cantar para os mestres, em Solesmes, e na Catedral de Chartres, França. O São Pio 10º se reúne na casa da irmã. Contatos podem ser feitos pelo telefone (011) 231-5346. (MMC) Texto Anterior: Disco já vendeu 3 milhões de cópias Próximo Texto: Roqueiro adere a música religiosa Índice |
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