São Paulo, domingo, 19 de junho de 1994
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Luciana Braga troca Rio por SP para viver garota mimada de "Éramos Seis"

MIRIAM SANGER
DA REPORTAGEM LOCAL

A vida de Luciana Braga está em plena revolução. E não é apenas porque sua personagem de "Éramos Seis", Maria Isabel, vive na tumultuada década de 30.
O novo papel de Luciana fez com que a atriz mudasse de emissora, de cidade e de sotaque. Ela saiu da Globo, no Rio, para integrar o núcleo de teledramaturgia do SBT, em São Paulo.
Além disso, trocou o acento nordestino de suas duas últimas personagens na TV. Para quem não se lembra, Luciana foi a Imaculada de "Tieta" e Sandra de "Renascer".
Agora a atriz se esforça para adquirir o tom paulistano de Isabel, protagonista da nova fase da trama de "Éramos Seis", no ar desde ontem.
É a primeira vez que Luciana vem a São Paulo para trabalhar em TV. Em 86 e 92, passou pelos palcos da cidade com "O Tempo e os Conways" e "Cartas Portuguesas", respectivamente.
"Desta vez é diferente porque, quando venho com o teatro, estou com um grupo. Agora, estou totalmente só", diz.
Como não poderia deixar de ser, Luciana continua dividindo seu tempo entre a TV e o teatro: após uma temporada no Rio, viaja nos fins-de-semana com a peça rodrigueana "Vestido de Noiva".
Após quatro semanas na pele de Isabel –que em breve forma com Felício (Marco Ricca) o par romântico central da trama–, Luciana se prepara para defender sua personagem das más línguas.
"Isabel não é uma pessoa má. É apenas uma mocinha meio esnobe que foi muito mimada e acabou aprendendo que, com jeitinho, resolve todos os problemas", resume.
Bem diferente da personagem, Luciana nunca procurou dar jeitinho em nada e conquistou espaço graças ao seu talento.
Apareceu pela primeira vez na TV em 86, em "Sinhá Moça", da Globo. Depois seguiu para a Manchete, onde gravou "Helena" e "Olho Por Olho".
Ela aponta outros pontos positivos de sua "peregrinação": "Sinto que estou ajudando a abrir o mercado de trabalho para atores e criando opções para o público".
Mas nem tudo são rosas –tem a história do gato. "Ah, o gato", ri Luciana. É que Isabel, no livro, tem um gato. Mas Luciana, na vida real, nunca suportou felinos por causa de uma fortíssima alergia.
"Não imaginei que eles iriam levar um bichano para o estúdio. Quando o vi, sabia que ia ter problemas, mas decidi tentar."
Tentou e quase morreu. Resultado: Caçarola, o gato, vai fugir de casa. "Era ele ou eu", diverte-se Luciana –sem gatos por perto.

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