São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 1994 |
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Delegado desmente advogado de acusação
DA REPORTAGEM LOCAL O delegado Gerson Carvalho desmentiu ontem várias afirmações feitas à Folha pelo advogado de acusação Arthur Troppmair, de trechos e frases que constariam no inquérito.Segundo Troppmair, F.J.C., 4, disse "um tio beijou meu piu-piu" e "deram um pozinho branco pra eu cheirar e eu dormir", e que as crianças teriam afirmado ter tomado "injeções". Nenhuma dessas afirmações consta das cerca de 2.000 páginas do inquérito, afirmou o delegado Gerson Carvalho. A Folha não conseguiu localizar o advogado ontem para comentar o assunto. Além de quatro entrevistas feitas com quatro alunos da escola Base pela psicóloga Marylin Tatton, Carvalho também ouviu depoimentos de três crianças. "Nada do que as crianças disseram aqui deu margem a suspeitas de que elas sofreram abuso sexual ou qualquer tipo de violência." "Pode até ser que essas crianças tenham sofrido abuso sexual algum dia, mas, se isso aconteceu, foi em outras circunstâncias e com outros personagens", declarou o delegado da 1ª Seccional. Carvalho disse à Folha que, se a repercussão do caso provocou exageros, eles não foram causados por Edélcio Lemos, delegado do 6º DP que comandou as investigações e que acabou sendo afastado do caso (veja quadro acima). "O delegado agiu corretamente e não teve responsabilidade sobre as distorções", defendeu Carvalho. O delegado Edélcio Lemos, que atualmente está lotado no 78º DP, nos Jardins (zona oeste de São Paulo), se recusa a comentar o caso da escola Base. Texto Anterior: SP Interior 1; SP Interior 2; SP Interior 3; SP Interior 4; Minas Gerais 1; Minas Gerais 2 Próximo Texto: Polícia inocenta acusados de abuso sexual Índice |
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