São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 1994
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Carta pede definição de verbas para saúde

AURELIANO BIANCARELLI
DO ENVIADO ESPECIAL

O conceito de saúde não pode mais ser tratado isoladamente de outras áreas sociais, como alimentação, saneamento básico, meio-ambiente, habitação e lazer.
Este é um dos itens que constam da Carta de Pernambuco, que será votada hoje no encerramento do 4º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, que acontece em Olinda (PE).
O congresso é promovido pela Abrasco (Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva), entidade da qual saíram os principais pontos da Constituição de 88 na área de saúde. A Carta de Pernambuco será entregue a todos os candidatos à Presidência.
"O conceito de Seguridade Social previsto na Constituição não vem sendo cumprido", afirmou José de Rocha Cavalheiro, vice-presidente da Abrasco e professor de medicina social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
Outro ponto da Carta de Pernambuco pede a definição de orçamentos para a área de saúde: 30% do orçamento da Seguridade Social e pelo menos 10% dos orçamentos fiscais da União, Estados e municípios.
O Brasil vem investindo menos de 3% do PIB na área. Segundo Cavalheiro, a média mundial de investimentos neste setor é de 8% do PIB. Na América Latina, a média é de 5%.
O congresso de saúde coletiva reuniu cerca de 3.000 profissionais da área de todo o país. Cerca de 1.250 trabalhos forma apresentados. (Aureliano Biancarelli)

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