São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 1994 |
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Senna foi um dos astros mais bem pagos
NELSON BLECHER
Segundo ranking da "Nikkei Entertainment", divulgado paralelamente ao Festival Internacional do Filme Publicitário, Senna integrou o primeiro time de astros da publicidade no Japão, ao lado de Michael Jackson, Madonna, Sean Connery e Harrison Ford. Senna, segundo a pesquisa, recebia o dobro do ator Sylvester Stalonne. O Japão é o segundo mercado de publicidade do mundo, só superado pelo norte-americano. Em 93, os investimentos somaram US$ 30,5 bilhões, sendo que 31% foram canalizados pela TV. Clichês latinos A revista francesa "Communications", especializada em publicidade, reverenciou na sua última edição o nível de criatividade da propaganda brasileira, mas não resistiu em ironizar os eternos clichês usados pelos latinos. Segundo a revista, as campanhas latinas, exibidas no festival, são marcadas pelas seguintes caracteristicas: Humor – misturar "raças" ibéricas e o modelo britânico fazem um coquetel explosivo. "Quando dá certo é sublime, mas quando fracassa é patético". Culto dos corpos e erotismo. Machismo – as campanhas oscilam entre o machismo descarado e o antimachismo. Família – segundo a revista, aparecem até lareiras nas residências tropicais, o que eles consideram um absurdo. Além disso, a vida familiar e retratada de forma irreal pela publicidade. Testemunhal– as campanhas usam e abusam de testemunhos de celebridades ou de pessoas anônimas, "sejam eles verdadeiros ou falsos". Luxo e volúpia – o tema "Primeiro Mundo" é recorrente e hilariante a forma como apresentado pela propaganda do Terceiro Mundo. Há idealização falsa. Camelôs – No dia em que for reduzida em 50% a presença de vendedores como personagens "acontecerá um milagre". Valores primários – a revista crítica o abuso de ritmos latinos na publicidade –uma forma de exaltação xenófoba. Apesar disso, a publicidade latina é considerada pela publicação como uma espécie de "barometro criativo". A brasileira, particularmente, é qualificada de "irreverente, cheia de idéias brilhantes e sem autocensuras". A reportagem também destaca o meteórico crescimento do mercado argentino de propaganda, que saltou de US$ 1 bilhão em 91 para US$ 3 bilhões no ano passado. Texto Anterior: Consumidor de baixa renda reforça despensa Próximo Texto: Máquina faz hambúrguer em apenas 25 segundos Índice |
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