São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 1994 |
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Clinton tenta socorrer dólar com declarações Estratégia tem pouco efeito; BC japonês intervém FERNANDO CANZIAN
A estratégia teve um efeito limitado. Tanto a Bolsa de Valores de Nova York quanto o dólar negociado no mercado internacional tiveram uma recuperação tímida depois das fortes perdas dos três últimos dias. O índice Dow Jones, que mede a variação das principais ações negociadas em Wall Street, subiu 16,8 pontos, fechando em 3.724,77 pontos. Duas entre cada três ações negociadas fecharam em baixa. No mercado de moedas, o dólar subiu para 100,65 ienes, depois de cair para 99,92 ienes na terça-feira, a menor cotação desde a Segunda Guerra Mundial. Clinton afirmou que não há "nada de excepcional" na queda do dólar e que a moeda estaria "apenas acompanhando os altos e baixos" do mercado internacional. "A economia americana está muito forte", disse. Greenspan afirmou que "há décadas a economia americana não vai tão bem". Na terça-feira, os EUA anunciaram uma projeção de déficit comercial de US$ 133,5 bilhões para este ano, o pior resultado desde 1987. Em Tóquio, o banco central japonês interveio no mercado ontem, comprando cerca de US$ 1,5 bilhões para segurar as cotações do dólar, segundo estimativas do mercado. Todo o mercado espera que o Fed aumente de novo as taxas de juro nos EUA (pela quinta vez no ano) para conter a inflação e estimular as aplicações lastreadas em dólar –que acabariam fortalecendo a moeda. Texto Anterior: Cai o ágio do dólar no paralelo Próximo Texto: Mercado europeu reage bem Índice |
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