São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 1994
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Pyongyang recua e Clinton retoma o diálogo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente dos EUA, Bill Clinton, anunciou ontem na Casa Branca que a Coréia do Norte aceitou formalmente congelar seu programa nuclear. Em troca, Washington concordou com a retomada de conversações diplomáticas com Pyongyang.
"Esta tarde nós recebemos confirmação formal da Coréia do Norte de que vai congelar as principais atividades de seu programa nuclear enquanto se desenvolver uma nova rodada de negociações bilaterais conosco", disse o presidente.
Segundo Clinton, Pyongyang aceitou a permanência em seu território dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Em troca, os EUA suspenderão as pressões para que a ONU imponha sanções econômicas à Coréia do Norte.
A Casa Branca havia anunciado o envio de seu principal especialista em Coréia do Norte, o secretário-assistente de Estado Robert Galucci, para um encontro com Hans Blix, o diretor da AIEA.
A agência da ONU vem há dois anos tentando inspecionar as usinas nucleares da Coréia do Norte, suspeita de estar desenvolvendo um programa nuclear paralelo com objetivos militares.
No mês passado a Coréia do Norte impediu a inspeção de uma troca de combustível em sua usina de Yongbyon, gerando suspeita de que estaria desviando plutônio para a fabricação de bombas.
Diante das pressões norte-americanas por sanções, Pyongyang anunciou sua retirada da AIEA e ameaçou expulsar os inspessores da agência que ainda estão no país. A tensão se reduziu a partir da visita de Jimmy Carter.
A revista "Janes's", especializada em defesa, publicou reportagem segundo a qual a Coréia do Norte já tem material suficiente para montar oito bombas atômicas.

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