São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 1994 |
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Ex-caçador já matou 363 onças
CARLOS MAGNO DE NARDI
Celestino, que diz "gostar" de todos os animais, se tornou onceiro, como são chamados os caçadores de onça, por amor. Aos 14 anos, ele começou a namorar uma garota da região, com quem mais tarde se casaria, e logo foi descoberto pelo futuro sogro. Flagrado, Celestino foi obrigado a passar por uma série de testes para provar coragem e habilidade. Um desses testes era justamente caçar onças. Depois da primeira, Celestino percebeu que poderia ganhar dinheiro com a caça e passou a matá-las por encomenda de fazendeiros furiosos com o desaparecimento de bois do pasto. Auxiliado por cães, armas de fogo e a inseparável zagaia, Celestino diz ter caçado 88 onças-pintadas e 275 pardas. Hoje, as onças, defendidas pela legislação e pelo espírito de preservação, correm menos perigo. Menos porque, vivas e longe das margens dos rios onde são vistas, elas chegam a valer cerca de US$ 25 mil (CR$ 58,9 milhões) no mercado negro europeu e norte-americano. (CMaN) Texto Anterior: Região atrai 70 mil ecoturistas estrangeiros Próximo Texto: Mapas tentam tornar possível o impossível Índice |
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