São Paulo, sábado, 25 de junho de 1994
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QGs de tráfico estavam vazios

DA SUCURSAL DO RIO

Os comandos das polícias Civil e Militar consideram que a operação policial foi ineficaz porque as lideranças das facções criminosas CV (Comando Vermelho) e TC (Terceiro Comando) foram avisadas com antecedência do ataque policial às principais favelas do Rio.
O diretor do Departamento Geral da Polícia da Baixada, Paulo Souto, que coordenou a operação nas favelas, disse que a operação "agora não foi eficaz mas pode ter certeza que a eficácia será completa a partir de agora".
O vazamento de informações foi a razão de a polícia não ter prendido nenhum grande líder dos morros e de não ter encontrado esconderijos de drogas e armas.
O serviço secreto da PM (Polícia Militar) mapeou, antes da operação, os barracos onde os criminosos costumam se reunir e guardar armamentos, munições, cocaína e maconha estavam vazios em todas.
Nenhum traficante foi encontrado nesses locais.
Para os coordenadores da ação policial nas favelas do Rio, a constatação indica que as facções criminosas foram avisadas de que as favelas seriam invadidas.
Até 13h de ontem, as polícias Civil e Militar não haviam apresentado o resultado da "operação vasculhamento".
Ao todo, 30 favelas foram invadidas, entre elas as populosas da cidade: Rocinha (São Conrado, zona sul), Alemão (Bonsucesso, zona norte), São Carlos (Estácio, zona norte) e Antares (Santa Cruz, zona oeste).
Também foram ocupados pela polícia os morros da Cotia, Fogueteiro, Falete, Cachoeirinha e Juramento, na zona norte do Rio de Janeiro.

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