São Paulo, domingo, 26 de junho de 1994
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Bora monta time sólido e aplicado

DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Bora Milutinovic conseguiu dar à equipe norte-americana um padrão tático bem definido. Cada jogador sabe o que faz em campo.
Isso é resultado de três anos de trabalho duro. A seleção dos EUA se preparou no centro de treinamento de Mission Viejo, na Califórnia.
Bora mostrou que, com persistência, é possível montar, com jogadores medíocres, uma equipe sólida.
Nenhuma equipe fez mais partidas de preparação antes da Copa. Nos últimos dois anos, foram 57 jogos, com 16 vitórias, 21 empates e 20 derrotas.
Dois desses amistosos foram contra a mesma Colômbia derrotada na quarta-feira. Os colombianos venceram os dois jogos: 1 a 0, em julho de 1992, em Los Angeles, e 2 a 1, em maio do ano passado, em Miami.
Os norte-americanos são atentos na marcação e atacam em bloco quando tomam a posse de bola. "Enquanto não tiverem a bola, não poderão fazer gols", costuma dizer o treinador a seus jogadores.
Contra a Colômbia, a equipe exibiu um 4-5-1. Na defesa, os laterais Caligiuri (esquerda) e Clavijo (direita) avançam raramente. Essa tarefa fica a cargo dos altos Balboa e Lalas –respectivamente, 1,86 m e 1,91 m de altura–, os dois zagueiros de área.
Uma das jogadas dos EUA que exploram a altura dos zagueiros são as faltas de longa distância. Balboa e Lalas se colocam na mesma linha da zaga e correm para a cabeçada na hora da cobrança.
As subidas de Lalas e Balboa ao ataque também ocorrem em escanteios. Foi em uma jogada desse tipo que Balboa quase marcou um gol de bicicleta contra a Colômbia.
No meio-campo, Dooley é o mais recuado, encarregado de marcar o principal criador de jogadas do adversário. Ele teve um bom desempenho nessa função contra a Colômbia, marcando Valderrama.
O restante do meio-campo é formado por Harkes, Ramos, Sorber e Stewart (ou Reyna). O mais avançado é Stewart, que faz a ligação com o único atacante, Eric Wynalda.

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