São Paulo, domingo, 26 de junho de 1994 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Natália Lage é emancipada em 'Tropicaliente'
MARCELO MIGLIACCIO
"Ela é uma incógnita e isso me fascina. Pedi umas dicas ao Walter Negrão (o autor), e ele acabou me contando o mistério dela. Na TV você está sempre levando sustos", desconversa. Adrenalina não diz de onde veio e quase sempre mostra-se arredia. "Ela é muito exposta, solta no mundo e tem que se resguardar. Mas também é muito sensível." A carreira de Natália começou aos quatro anos, em comerciais. Na TV, estreou no seriado "Tarcísio e Glória". Desde então, Natália fez quatro novelas e participou de vários programas. Sem artistas, diretores ou autores na família, Natália sempre conquistou seus papéis submetendo-se a testes. "Já quis ser psicóloga, mas meu destino é ser atriz." A Globo percebeu isso e a mantém contratada. Hoje, ela administra seu dinheiro com a mãe, Marta. Ano passado, nas primeiras férias em sete anos, as duas correram para a Disney World. Durou pouco. "A Globo me ligou em Miami para que eu viesse fazer um `Você Decide"', lembra. Natália voltou correndo e quem encontrou para contracenar? Silvia Pfeifer. De novo. "A gente brinca que uma persegue a outra", diz, referindo-se a Silvia, sua colega em "Perigosas Peruas" e "Tropicaliente". Mas perseguição de verdade Natália sofre nas ruas, quando lhe sobra tempo para o lazer, ou através de cartas. "Já chegaram a me mandar 30 cartas por semana." "Esse negócio de carta é muito louco. As pessoas perguntam coisas e mostram que conhecem minha vida. Leio tudo, mas acho que responder seria meio hipócrita, pois não sei nada sobre quem escreve", diz. Na rua, o assédio é diferente, mas igualmente constante. "Tem umas garotas riquinhas que torcem o nariz quando me vêem. As mais pobres são mais fraternas, se entregam mais", conta. Natália distribui autógrafos, mas fica de novo na dúvida. "Como agir com eles? Sou ou não íntima? Os garotos são mais tímidos, mas as vezes ficam de gracinha." É bom que não se engracem tanto, pois Natália é comprometida há cinco meses com o ator de teatro Bruno Padilha, uma espécie de "enfant terrible" entre as estrelinhas globais. Antes de conquistá-la, Bruno já arrebatara os corações de Camila Pitanga e Carol Machado. "Para namorar, a gente sempre encontra um tempo", diz a atarefada Natália, que planeja ter "um monte de filhos" em alguns anos. "É bom não queimar etapas. Quero viver muito, antes, para ser mãe plenamente depois", avisa. Texto Anterior: Terremoto e casamentos vão animar final de "Fera Ferida" Próximo Texto: Atriz nunca repetiu de ano Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |