São Paulo, domingo, 26 de junho de 1994
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Vendas de novos se mantêm aquecidas

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado de carros novos se mantém aquecido a uma semana da entrada em circulação da nova moeda, o real.
O presidente da Fenabrave (federação que reúne as revendas de carros novos), Sérgio Reze, disse que as vendas estão tão boas que a Autolatina programa aumentar a produção em 40% dos seus modelos de 1.000 cc.
Segundo ele, a Fiat promete cem unidades a mais por dia. "Em junho, o ritmo de aumento se mantém", disse Reze.
Bruno Caltabiano, presidente da Abradif (associação das revendas Ford), conta que junho está rendendo o que no ano passado só foi alcançado em outubro, mês tradicionalmente mais forte.
"A procura só tem aumentado. Os consumidores estão preferindo antecipar compras, pois é melhor ter um carro do que dinheiro na poupança", afirma.
Na Chevrolet, as vendas deste mês superam em 20% as do mês passado, segundo Mauri Missaglia, presidente da Abrac (associação das revendas Chevrolet).
Tanto a rede de concessionárias Chevrolet quanto a Ford estão oferecendo descontos de 5% a 15% para toda a linha, exceto para os "populares" Corsa e Escort.
No caso das versões básicas, a procura está muito acima da oferta, segundo Missaglia.
Usados
Jorge Assad Chahad, do Sindiauto (sindicato do comércio varejista de usados), disse que a proximidade da entrada em vigor do real em nada tem influenciado os negócios.
"São sempre os mesmo motivos -insegurança em relação aos rumos da economia, juros altos e inflação– que afetam as vendas", diz.
Os cinco primeiros meses deste ano perdem em 32% para as vendas de carros usados no mesmo período do ano passado.
Nos primeiros quinze dias deste mês foram vendidos 22.480 carros, 29,20% a mais do que na primeira quinzena de maio.
Até o dia 30, Chahad acredita que terão sido vendidos 45 mil veículos usados, contra os 30 mil mensais de abril e maio.
A média de vendas do setor é de 65 mil carros por mês. "Esperávamos pelo menos vender 50 mil unidades em junho", diz.

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