São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 1994
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Colômbia vence Suíça e se despede da Copa

JOÃO MÁXIMO
ENVIADO ESPECIAL A PALO ALTO

Sua melhor atuação em em três jogos e uma vitória de 2 a 0 sobre a Suíça, ontem à tarde, no estádio de Stanford, não foram o bastante para impedir que a Colômbia fizesse uma melancólica despedida de uma Copa do Mundo na qual, aos olhos de muitos, entrara como séria candidata ao título. Sua seleção foi a última colocada do grupo A.
Um público de 83.769 pessoas (superior aos dos jogos do Brasil no mesmo estádio) viu uma Colômbia com mais talento do que a Suíça, embora com menos organização. Um público surpreendentemente vibrante, diga-se, já que tanto a numerosa torcida colombiana incetivava sua equipe já praticamente eliminada como a colorida torcida suíça, mesmo perdendo o jogo, festejava a classificação, ainda que como segunda do grupo.
O primeiro tempo foi todo da Colômbia. Em 90 minutos, a Suíça praticamente não chegou à área de Córdoba, enquanto Asprilla, Rincón e Valencia criaram várias jogadas de perigo.
Logo aos 9 minutos, Valencia chutou de fora da área, raspando o travessão. Aos 11min, após uma tabela com Asprilla, Rincón finalizou muito bem, mas Pascolo defendeu bem. No escanteio que se seguiu, uma finalização de primeira de Valencia, outra defesa espetacular do goleiro suíço.
Aos 19min, o árbitro dinamarquês Mikelsen anulou muito bem, por impedimento, um gol de Rincón. Foi seu maior acerto no primeiro tempo, já que, depois disso, complicou-se todo: inverteu faltas e parou um ótimo ataque colombiano por um impedimento iexistente.
Aos 28min, o zagueiro suíço Quentin caiu na área, desviou a bola rasteira com a mão e nada foi marcado. Aos 42min, pouco antes do gol, Valderrama derrubou Sforza sem bola, o banco e a torcida suíços protestaram com veemência, mas Milkensen não viu, o lance foi acabar numa falta na lateral da área suíça.
O próprio Valderrama cobrou por cobertuca, Gaviria entrou de cabeça e marcou.
Foi um tempo em que a Colômbia desenvolveu um futebol mais solto e ofensivo, embora insistindo nos ataques pelo meio da área e nos dribles desnecessários. Seu meio campo, porém, entregue à dupla Valderama e Alvarez, teve atuação boa o bastante para dominar inteiramente os cinco jogadores que os suíços usavam naquele setor
O panorama do segundo tempo foi um só, os colombianos tocando a bola e explorando os contra-ataques, enquanto os suíços, sem qualquer plano tático, tentavam os chutões para seus sempre bem marcados homens de frente.
Nesse período, Valderrama, severamante marcado pela torcida que o vaiava cada vez que tocava na bola (ainda por causa do pontapé sem bola em Sforza), caiu um pouco, mas Alvarez jogou o suficiente para manter o equilíbrio do meio-campo.
Aos 43min, escorando um cruzamento rasteiro para o meio da áera, Lozano, que entrara no lugar de Valencia, marcou o segundo gol. Seguiu-se uma vibrante para já inútil festa da torcida colombiana.

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