São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 1994 |
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Legião de esportistas noturnos invade ruas do Rio de Janeiro e São Paulo ANTONINA LEMOS ANTONINA LEMOS ; FERNANDA DA ESCÓSSIA
As noites não são mais as mesmas. Antes ocupadas por notívagos avessos a atividades físicas, elas viraram o horário preferido de muitos esportistas. Ao invés de dormir cedo e madrugar no dia seguinte, muitos desses seres saudáveis adotaram as ruas do Rio de Janeiro e de São Paulo como "academia" preferida. Os exemplos que mais chamam atenção são os night bikers, que tomam de assalto as noites de terça-feira no Rio e em São Paulo. Agora grupos organizados de patinadores (eles se intitulam "rollers") também estão crescendo nas duas cidades. A movimentação no Rio não tem nada de "urbanóide." O movimento esportivo noturno acontece na orla marítima. Os passeios de bikers e "rollers" partem da praia do Leblon (zona sul). No Rio tem um pouco de tudo: bikers, aposentados caminhando, "rollers", gente jogando vôlei e até rodas de capoeira. É claro que a praia virou ponto de encontro e de muita "azaração" (o sinônimo carioca para xavecagem). Em São Paulo, os grupos preferem sair separados. E tanta movimentação tem provocado olhares desconfiados na turma mais radical da noite paulistana: os skatistas. "Essa gente de capacete igual e de uniforme é a coisa mais ridícula", diz o skatista Arilton Ribeiro, 26. Ele anda de skate de noite há mais de dez anos e conta que não faz isso por modismo. "Não tem nada combinado, a gente faz porque gosta de andar e porque nosso esporte é urbano", diz. Daniel Vieira, 19, não se importa com os bikers e os "rollers". "Cada um se diverte do jeito que quiser, não estou nem aí para eles", diz. Texto Anterior: Skate noturno não tem regras Próximo Texto: 'Roller' anda 60 km por noite Índice |
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