São Paulo, terça-feira, 28 de junho de 1994
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Confinadores mudam de perfil para garantir lucro

Fazendas devem engordar 800 mil bois na entressafra

SÉRGIO PRADO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os pecuaristas que usam confinamento estão mudando de perfil em 1994. Até dois anos atrás, os confinadores compravam boi magro no verão para engorda e abate durante o inverno.
Agora eles resolveram fazer o ciclo completo. Estão produzindo ou comprando bezerros para fazer também a recria e engorda.
"A mudança está ocorrendo porque o boi magro está muito valorizado", diz o pecuarista Sylvio Lazzarini.
Hoje, segundo os dados de "Moeda Verde" (veja na pág. 2), cada boi gordo compra 1,4 boi magro, quando o ideal seriam dois.
Responsáveis por 10% da oferta aos frigoríficos entre setembro e novembro, os confinadores este ano devem preparar cerca de 800 mil animais.
"Só ficarão aqueles que reduzirem os custos e tiverem condições de repor seu plantel", diz Lazzarini. O custo no confinamento chega a US$ 21/arroba, enquanto o preço de venda é de US$ 23.
Esta receita está sendo empregada pela primeira vez em Bagé (RS). Um grupo de 30 criadores inicia este ano o confinamento de 15 mil animais.
"Estamos engordando em confinamento animais produzidos em nossas próprias fazendas, utilizando ração à base de sorgo plantado no verão", diz o pecuarista Gedeão Pereira.
Além do lucro com a venda de boi gordo no inverno, época em que o frio prejudica as pastagens, os produtores têm possibilidade de usar os campos para aumentar o plantel.

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