São Paulo, terça-feira, 28 de junho de 1994 |
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Ausência de comerciais agrada os torcedores
MAURICIO STYCER
"Não tem anúncios comerciais?", perguntou Lisa Bowen, aos 25min do primeiro tempo, já cansada da partida. "Não. Não tem comerciais. Isso é tão cool (legal)", respondeu a "expert" Suzan Payne. Nos EUA, as transmissões das partidas de basquete, beisebol e futebol americano são normalmente interrompidas no meio para a exibição de comerciais. A rede de TV a cabo ESPN, paga, está transmitindo a maior parte das partidas. A rede ABC, captada em qualquer domicílio, se programou para exibir apenas alguns poucos jogos. "Lá em casa não tem TV a cabo. Está difícil assistir a Copa", reclamou Aaron Payne. Alimentação Durante a partida, os adolescentes e os adultos não param de comer batatinhas fritas com um estranho creme à base de iogurte com azeitonas. O churrasco ("barbecue") ao fim da partida inclui carnes grelhadas numa churrasqueira elétrica, feijão doce, arroz com macarrão e uma salada. Tudo regado a litros e litros de refrigerante. "Os americanos fazem comidas bem estranhas mesmo", diz Suzan Payne. Os comentários mais engraçados são provocados pelo total desconhecimento em relação ao futebol (veja texto ao lado). Quando um jogador romeno levou uma bolada naquele lugar, um palmo abaixo do umbigo, Lisa perguntou: "O que é que ele está segurando?" Lisa até que se esforça, quer entender, mas não dá uma dentro. Aos 15min do segundo tempo, pergunta: "Mas quanto tempo eles ainda vão jogar?" Após fazer falta em um romeno, o jogador norte-americano, num gesto de gentileza, estende a mão e o ajuda a se levantar. "Ele não devia fazer isso. No jogo do Brasil não vi ninguém fazer isso."(MSy) Texto Anterior: Filhos levam pais ao estádio Próximo Texto: FRASES Índice |
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