São Paulo, terça-feira, 28 de junho de 1994
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Suécia teme derrota e escala um no ataque

UBIRATAN BRASIL
ENVIADO ESPECIAL A PONTIAC

A sensação de derrota para o Brasil ronda a seleção da Suécia. Sem seu principal atacante, Martin Dahlin, que cumpre suspensão automática, o técnico Tommy Svensson reduziu o ataque a apenas um jogador, Kenneth Andersson.
"O Brasil tem duas grandes virtudes: é bem organizado na defesa e tem jogadores rápidos, que chegam facilmente ao ataque. Com isso, é inevitável ter primeiro a preocupação de defesa", disse.
Svensson é incansável em apontar o Brasil como grande favorito à conquista da Copa. Uma derrota para os brasileiros não seria encarada como novidade. Um empate consolida o time no segundo lugar. E, uma vitória, seria consagrador.
"Se conseguissemos vencer o Brasil, seria o melhor incentivo que um time precisaria para tentar conquistar a Copa", disse o sueco.
Svensson garantiu que só vai definir o time uma hora antes da partida, mas o substituto de Dahlin deverá ser Henrik Larsson. Com isso, o treinador quer manter quatro jogadores fechando o meio.
"Não seremos estúpidos de tentar o gol sem pensar muito antes", garantiu o meia Brolin, que deverá ser o principal jogador do meio a tentar o ataque.
"Sinceramente acho que vou ter poucas chances porque a velocidade é a grande virtude do Brasil, o que vai me obrigar a pensar mais na marcação."
Brolin acredita que os jogadores brasileiros não devem ser marcados individualmente. "Seria correr demais e à toa."
O volante Schwartz, que está se transferindo do Benfica para o Arsenal, aponta o preparo físico dos suecos como superior ao dos brasileiros.
"Estamos treinando há muito mais tempo e crescemos nos últimos jogos, principalmente quando jogamos contra a Rússia no estádio de Silverdome", disse.
Jogadores da Suíça e Romênia, que disputaram partidas no campo coberto, reclamaram do calor e da umidade.
"Quando o dia está muito quente, é normal sentir um abafamento dentro do estádio", disse o volante sueco. "Mas nada que interfira em uma equipe que esteja bem fisicamente."
Schwartz lembrou que o time sueco mostrou isso no segundo tempo da vitória (3 a 1) contra os russos. "Quando eles já não aguentavam mais correr, nosso time tocava a bola rapidamente."
A importância de vencer o Brasil, além da força de ânimo, significa também garantir uma vaga nas oitavas-de-final contra uma equipe mais fraca, que podem ser os EUA.
"A equipe da Suécia atual é muito superior a daquela que disputou a Copa da Itália. Acho que nossas chances de chegar às semifinais são grandes", disse o goleiro Ravelli, 113 partidas pela seleção.
Os suecos garantem não ser supersticiosos: o fato de o Brasil jogar hoje com seu uniforme reserva (azul) e um dia antes de se completar 36 anos da conquista de 58, na Suécia, quando também jogou de azul, não significa nada.
"São coisas para ser lembradas. Nada mais", disse Schwarz.

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