São Paulo, domingo, 3 de julho de 1994 |
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Os brutos também amam Candidato ao Senado em São Paulo e ex-diretor da Polícia Federal, Romeu Tuma (PL) esteve em um evento na zona leste da capital paulista com o governador Fleury e Barros Munhoz (PMDB), candidato a governador. Quando chegou sua vez de falar, Tuma –um novato em eleição– fugiu dos discursos sobre desenvolvimento, projetos para o Senado ou coisa parecida. Preferiu ser levado pela emoção. Quase às lágrimas, o"xerife" começou a falar da necessidade de haver mais amor no país, mais fraternidade. Para dar ênfase às suas palavras, caprichou: – Eu sou uma pessoa que ama. Amo minha mulher, amo as pessoas, amo o candidato Barros Munhoz –anunciou, voltando-se para o surpreso companheiro. Terminado o evento, Fleury e outros políticos se aproximaram de Tuma. Elogiaram o tom do pronunciamento, mas o governador, com a mão no ombro do candidato, deu-lhe um conselho: – Olha, Tuma, falar de amor é uma boa idéia, mas é melhor eliminar aquela parte sobre amar o Barros Munhoz. É capaz de alguém entender mal. Texto Anterior: Esperteza tributária; Efeito colateral; Linha cruzada; Discussão bizantina; Na moda; Língua afiada; Campanha do contra; Chiadeira; Fantasma da indexação; TIROTEIO Próximo Texto: Real estreou e os preços subiram na virada da moeda Índice |
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