São Paulo, domingo, 3 de julho de 1994
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Brasil descobre o negócio da China

As organizações devem se adaptar aos novos tempos para acompanhar o mercado altamente competitivo
A economia chinesa tem tudo para superar, na virada do século, a dos Estados Unidos e Japão. O segredo é a formação em massa de empreendedores –nova febre chinesa–, que hoje somam 18 milhões no país.
No Brasil já se configura a mesma tendência de adaptação à nova ordem econômica mundial.
Pelo menos, no que se refere ao número de micro e pequenas empresas existentes no país e seu reflexo no mercado.
Elas representam 95,7% do total de estabelecimentos industriais; 99,1% dos comerciais e 99,1% do setor de serviços.
Levando em consideração que o tratamento diferenciado (previsto no artigo 179, da Constituição), para as micro e pequenas empresas ainda não se materializou, os números já são bastante significativos e refletem que o país está caminhando em sintonia com as tendências mundiais.

A SAÍDA É SER PEQUENO
Em uma economia globalizada e altamente competitiva como a que se instala no mundo, somente sobreviverão as organizações capazes de se adaptar rapidamente às transformações do mercado consumidor. É preciso agilidade na tomada de decisões, que deve ser descentralizada.
Neste quadro não existe lugar para empresas gigantescas, na sua maioria lentas, ineficientes e autosuficientes. Chegou a vez dos pequenos negócios. Não apenas como fornecedores das grandes empresas, mas sim como protagonista nas relações. É a instalação de um padrão mais eficiente para atender ao mercado. Ser pequeno não é mais uma contingência. É uma solução.
Segundo o norte-americano John Naisbitt, autor do best-seller "Megatendências", "quanto maior a economia mundial, mais poderosos são os seus protagonistas menores: as nações, empresas e indivíduos".
Nos EUA estima-se que 90% de sua economia estejam nas mãos das micro, pequenas e médias empresas.

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