São Paulo, terça-feira, 5 de julho de 1994
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Centro promove bailes e jogos

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Na tarde da última sexta-feira, Irene Costa Moreira se dedicava ao que mais gosta de fazer: dançar. Irene, 67, está viúva há dois anos e meio e se dizia uma pessoa triste e chata.
"O Cecon mudou minha vida", diz. Cecon Vida Nova é como ficou conhecido o Centro de Convivência da Terceira Idade que a Prefeitura de Santos (litoral de SP) abriu há três anos no Gonzaga.
Uma vez por semana, o Cecon realiza um baile. Na sexta-feira, cerca de 200 pessoas participavam.
O centro tem 2.000 inscritos de toda a baixada santista e até de São Paulo. De segunda a sexta-feira oferece uma dezena de cursos, além de palestras, jogos, passeios.
Semanalmente, uma psicóloga reúne um grupo que fala de família, política, problemas cotidianos.
"Oferecemos um espaço de convivência onde podem resgatar sua cidadania", diz Marcelo Claudio Cortez Mathias, 31, artista plástico e diretor do Cecon.
Quase todas as atividades do Cecon são administradas por idosos voluntários. Só meia dúzia de funcionários são assalariados.
Sesc
O Trabalho Social com Idosos do Sesc (Serviço Social do Comércio) é outro programa de sucesso.
Criado há 31 anos, o serviço tem hoje 41 mil idosos matriculados. As atividades são abertas à comunidade.
"A procura vem aumentando sempre", diz Osvaldo Gonçalves Silva, 56, um dos gerentes da programa. Segundo ele, existem atividades de lazer, físicas, culturais e sociais.
"Nossa preocupação é que o idoso não fique marginalizado, que se interesse, receba informações, que tenha vida ativa e digna", diz Silva.
Em São Paulo, a maioria das atividades para idosos são oferecidas pelas unidades Pompéia, Consolação e Carmo do Sesc.
Também as faculdades estão se abrindo para a terceira idade. A Universidade Aberta da Terceira Idade da Universidade Estadual do Rio tem 60 cursos e 2.500 idosos inscritos.

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