São Paulo, terça-feira, 5 de julho de 1994 |
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Seleção vence os EUA com dificuldade
JOÃO MÁXIMO
Com o resultado, mesmo voltando a jogar mal, a seleção de Parreira classificou-se para enfrentar a Holanda, sábado, em Dallas, pelas quartas-de-final da Copa. Nem contra a Suécia o Brasil teve um primeiro tempo tão complicado. Naquele jogo, o ataque brasileiro e, sobretudo, os dois laterais, esbarraram numa severa marcação, enquanto ontem, contra os Estados Unidos, o Brasil tropeçou na total ausência de alternativas de jogadas. Os brasileiros chegaram a abusar de certos preciosismos, como os dribles desnecssários de Jorginho, as trivelas de Mazinho e até umas tentativas de classe de Dunga. Os norte-americanos foram mais sérios. Em razão disso, chegaram mais cedo à área contrária. Foi aos 12min, quando Zinho foi driblado duas vezes, desequilibrou-se em ambas e acabou permitindo a Perez o centro que cruzou toda a área de Taffarel. As alternativas de ataque brasileiro foram tão poucas que, até Romário mandar uma bola na trave, aos 45min, em jogada individual, os únicos lances de algum perigo para Meola foram criados pelos zagueiros: Márcio Santos e Aldair entrando juntos num centro de Dunga aos 22min, o mesmo Márcio cabeceando prensado aos 25min e um chute de longe de Leonardo, segundo antes de cometer a falta pela qual foi expulso. No segundo tempo, não houve melhoria tática no Brasil. A passagem de Mazinho para o lugar de Leonardo nada acrescentou. Os norte-americanos é que ousaram mais, como se cansados, ou como se antevendo a possibilidade de manterem o zero a zero que os levaria a uma consagradora prorrogação ou, quem sabe, aos pênaltis. O Brasil teve duas boas oportunidades antes de marcar o seu gol, ambas através de Romário. Na primeira, logo aos 3min, o atacante chegou atraso para um centro de Jorginho. Na segunda, aos 13min, ele chegou a driblar o goleiro Tony Meola, mas perdeu a passada, chutou sem ângulo e mandou a bola fora. O gol nasceu de outra jogada de Romário: uma arrancada para a área e o passe medido para Bebeto concluir, já aos 28min. Já os norte-americanos pareciam totalmente entregues, raramente indo à frente. O Brasil ainda conseguiu esboçar alguns contra-golpes, inclusive através de Cafu, que entrou na lateral esquerda para que Mazinho avançasse. Ao fim do jogo, vibraram os brasileiros. A mesma coisa os norte-americanos, para os quais esta partida foi, no mínimo, honrosa. Texto Anterior: Romário decide pela 4ª vez para o Brasil Próximo Texto: Meola obtém a melhor nota Índice |
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