São Paulo, sábado, 9 de julho de 1994 |
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Primeiro da fila chegou às 8h de terça-feira
DA REPORTAGEM LOCAL Maria Aparecida Campos Amorim Ferreira, 33, proprietária de uma pequena indústria de confecção, foi a primeira a chegar na Telesp de Itaquera (zona leste), na terça-feira, às 8h."Estou perdendo tempo, dinheiro e nem sei como estão minhas filhas, mas acho que vale a pena", disse. A Telesp não organizou a fila. Os que chegaram antes se organizaram e distribuíram senhas para as pessoas que chegavam. Na fila, o ambiente era de festa. Aqueles que se preparavam para esperar pelo menos mais 60 horas até serem atendidos traziam cadeiras de praia, televisões portáteis, violões e cobertores. No Tremembé, as filas começaram a se formar na noite de quarta-feira. Na tarde de ontem havia cerca de quatro mil pessoas na fila. A casa da produtora de espetáculos Aura Regiane Gomes, 36, foi invadida, na manhã de ontem, pelas pessoas que queriam se abrigar da chuva. "Eles abriram o portão e foram entrando, com os colchões. Além disso, não pude sair de carro ontem porque alguém estacionou uma Kombi na frente da garagem de casa", disse. Ela culpa a Telesp por seu transtorno. "Eles deviam distribuir senhas para as pessoas poderem ir para casa e só voltar no sábado. É desumano deixar as pessoas dormindo na rua", disse. A Telesp afirmou que não organizou as filas porque não estava preparada para a grande procura antecipada por linhas telefônicas. Texto Anterior: APM pode gerenciar saúde do Campo Limpo Próximo Texto: Lojas devem fechar durante jogo do Brasil Índice |
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