São Paulo, sábado, 9 de julho de 1994 |
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Confederação italiana quer cancelar o GP
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
O motivo, falta de segurança na pista. Os dirigentes italianos não querem se arriscar a outra tragédia, como a que aconteceu em Ímola, no GP de San Marino. Naquele fim-de-semana morreram Ayrton Senna e Roland Ratzenbeger. O inquérito do caso ainda se desenvolve, apesar da corrida ter acontecido em 1º de maio. E são coisas deste tipo que afugentam os dirigentes. A notícia repercutiu mal na Benetton, que apesar de ser uma equipe baseada na Inglaterra, é de propriedade do grupo italiano de mesmo nome. Seu diretor, Flavio Briatore, afirmou à Folha que "corridas como Mônaco e Monza não podem ser retiradas sem mais nem menos no calendário". "É uma prova muito tradicional. O que eles precisam fazer são modificações no circuito, como foram feitas em Magny-Cours e em Silverstone", afirmou Briatore. "Além disso, só existe resistência desses dirigentes. As equipes, os pilotos e a FIA querem fazer a corrida", completou. Jean Alesi, piloto da Ferrari, comentou que "seria um desastre" não correr em Monza. O francês lembrou do fanatismo dos torcedores italianos que ficariam enfurecidos se isso acontecesse. É certo, segundo Briatore, que a Benetton e a Ferrari (pelo menos ele espera) farão um lobby contra a vontade de sua federação. Mas como ele mesmo afirmou, a questão é mais política do que financeira e a corrida deve ser disputada. Em Silverstone, a FIA não comentou o anúncio da confederação italiana. Texto Anterior: TUDO SOBRE O GP DA INGLATERRA DE F-1 Próximo Texto: CICLISMO; MOTORES; SURFE; MODELISMO Índice |
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