São Paulo, sábado, 9 de julho de 1994 |
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Parreira ignora uma opção mais inteligente
ALBERTO HELENA JR.
Além do mais, com Mazinho pela esquerda, jogaríamos com três volantes, o que, teoricamente, dá mais liberdade aos laterais para atacar e segurança para a defesa, na hora de enfrentar os três atacantes holandeses: Overmars, Bergkamp e Van Vossen. Sim, porque eles jogam com três atacantes, dois pontas abertos e um centroavante, o que permite a Raijkaard e De Jong chegarem batendo pelo meio. Parreira, devoto à segurança, estaria acendendo uma vela ao seu ícone. Ao mesmo tempo, teríamos também três atacantes para contragolpear: Bebeto, Romário e Raí, este, supostamente, mais livre de marcação, o que deveria facilitar sua recuperação. Mas, ainda que Raí caísse na depressão costumeira, o técnico teria ao seu lado, no banco, uma alternativa que revigoraria esse setor e deixaria perplexos os inimigos: Cafu, é claro, disparando pela direita, com Jorginho, mudaria a cara do jogo, se necessário. Mas, não. Parreira, em nome da segurança, que sugere não mexer muito no time, coloca-nos em risco diante destes holandeses, que, afinal, nem de longe lembram aqueles de Cruyff e Cia. Mazinho, no lugar de Raí, diante dos americanos, não deu certo, pois falta-lhe exatamente agressividade para compor o ataque. Ainda por cima, com Zinho emperrando o jogo pela esquerda, nosso poder de fogo vai continuar dependendo exclusivamente de uma inspiração do inspiradíssimo Romário. Texto Anterior: O DESEMPENHO DA SELEÇÃO DE PARREIRA Próximo Texto: Zinho vence duelo com Raí e fica no time Índice |
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